domingo, 31 de outubro de 2010

Tá difícil educar...


Os pais compromissados e atentos a educação de seus filhos enfrentam inúmeras barreiras por vezes dentro da própria casa e família para educar seus filhos dentro dos preceitos que acreditada, principalmente quando se trata de enfrentar a banalização e relativização de tudo em nome da facilidade.
A ascensão social ou facilidade de acesso á vários bens de consumo tem gerado uma distorção das reais necessidades humanas o que para as crianças é vergonhoso, pois estas não têm condições de se defender frente aos ataques constantes da mídia e são utilizadas sem dó pelos meios que tentam aumentar seus lucros a qualquer custo.
Os adultos que deveriam ter consciência e preservar as crianças fazem exatamente o contrário, não sei se é por não terem acesso a tanta coisa em sua época de criança e adolescência ou se é simplesmente pela necessidade de atender aos apelos das crianças ou da mídia.
É revoltante que quando contrapomos o consumismos e a falta de respeito as pessoas praticada pelas crianças de hoje somos taxados como radicais, exagerados. Fico pasmo com a falta de consciência com que as pessoas tratam a educação das crianças, o impacto dessas ações impensadas e a banalização de questões importantes serão sentidas no futuro quando estas crianças tornarem-se adultos problemáticos, consumidores compulsivos, pessoas que vivem pelo ter e não pelo ser.
Temos que valorizar outras questões que vão além do acesso a futilidades. Sinto enorme dificuldade em dosar o confronto com meus filhos a hábitos que entendo serem prejudiciais a seu desenvolvimento. Quando dentro de casa e nas relações familiares não existe um entendimento comum de como educar e de como preparar as crianças para que façam uma leitura do mundo que vivem mais independente menos pautada pelo consumismo o conflito é inevitável.
A sacanagem fica por conta de que você é minoria, pois tem que combater o bombardeio diário da TV, internet... parentes e outros que relativizam todas as questões e simplificam comprando as crianças com futilidades ao invés de tentar oportunizar experiências ricas em relação ao desenvolvimento cognitivo, motor e das relações sociais que estão além das relações de posse e poder.